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Feira do cooperativismo atrai e encanta o público
Além da venda de produtos, evento da Economia Solidária é palco de debates. Feira vai até o domingo
Elisete Tonetto
Salame de linguiça de pernil de porco de Arroio do Tigre; molhos e geléias de pimenta de São Lourenço do Sul; relógios de peças de motos de Osasco (SP); presépios de garrafão de vinho de coador de café usado do Rio de Janeiro. A diversidade de empreendimentos presentes na 20ª Feira do Cooperativismo – em torno de mil – atrai e agrada cada vez mais o público que visita o evento. A Feira vai até o domingo no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, na Rua Heitor Campos, no Bairro Medianeira. A expectativa do Projeto Esperança/Cooesperança, promotor do 2º Fórum Social, 2ª Feira Mundial de Economia Solidária e 20ª Feicoop, é reunir mais de 200 mil pessoas nos quatro dias de feira.
Outras matérias da Feicoop:
Basta dar uma passada pelos pavilhões para perceber a diversidade de aromas e sabores da agroindústria familiar, a beleza das peças em artesanato e dos artigos feitos com materiais alternativos. A variedade de sotaques e de culturas também é uma atração a parte do maior evento da Economia Solidária, que nesta edição, conta com a participação de representantes dos cinco continentes, 40 países e 27 estados brasileiros. A artesã Lídia Mathias Garcia, 59, de Osasco (SP) viajou mais de 20 horas só para expor, pela primeira vez, os relógios feitos de peças usadas de motocicleta. “Está valendo a pena. Será a primeira de muitas feiras”, festejou.
O aposentado Valdir Moreira Paulo, 73 anos, presenteou a esposa Evanilda Machado Paulo, 57, com um colar delicado e na cor rosa que adquiriu no estande de empreendimento solidário de São Paulo. O casal saiu ainda carregando uma sacola com produtos coloniais. “É tudo muito saboroso e lindo”, elogiou a aposentada.
Além da venda de produtos, os eventos reúnem seminários, debates e painéis sobre os temas da economia solidária.
Feicoop recebe 9º Levante Popular da Juventude
Organização reúne jovens militantes que buscam a transformação da sociedade
Alessandra Noal
Junto à 20ª edição da Feira do Cooperativismo está sendo realizada, no Colégio Irmão José Otão, em Santa Maria, a 9ª edição do Levante Popular da Juventude, que reúne 600 jovens. Entre eles, representantes de 15 cidades gaúchas, de Minas Gerais, do Pará e da Argentina.
O Levante Popular da Juventude é uma organização de jovens militantes, voltada para a luta de massas em busca da transformação da sociedade. Durante o encontro, os jovens ficam instalados em um acampamento e participam de debates, shows, oficinas e debates sobre drogas, sexualidade, transporte público, democratização dos meios de comunicação e desigualdade social.
O estudante porto-alegrense Carlos Alberto Machado Alves que participa pela quarta vez do acampamento, conheceu o Levante através de uma amiga e conta que “É muito bom poder conviver, trocar experiências e ideias com gente diferente, de outros lugares e com culturas distintas, mas o que me chama mais atenção é a animação das pessoas”. Ele acrescentou que este ano trouxe quatro amigos para conhecerem o acampamento e que, segundo ele, estão gostando.
Os participantes também exercem funções organizacionais durante o encontro. A assessoria de comunicação é coordenada por um grupo de jovens: Rafael Coelho é estudante de Ciências Sociais, Laura Wottrich é doutoranda em comunicação, e Luciele Oliveira é acadêmica em Jornalismo na UFSM. Rafael e Laura são naturais de Porto Alegre.
Laura contou que pelo menos três ônibus lotados não puderam participar do Levante em razão da infraestrutura do local do encontro. De acordo com ela o pátio comporta apenas 600 jovens acampados. Luciele falou da organização e da criação de equipes de segurança, alimentação, saúde, infraestrutura, comunicação, secretaria, limpeza, metodologia, agitação e propaganda para distribuir as tarefas do encontro.
Rafael Coelho salientou que “O Movimento Social da Juventude surgiu do Rio Grande do Sul e agora já está conhecido por todo o País, como é nacional queremos aplicar a ideia e ter espaço em todos os Estados”.
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